Um homem, identificado como suposto fotógrafo, foi preso nesta quinta-feira (31) em Itanhaém, no litoral de São Paulo, sob a acusação de participar de uma organização criminosa dedicada à produção e distribuição de material de abuso sexual infantil. A prisão ocorreu durante a “Operação Lobo Mau,” uma ação coordenada pelo Ministério Público de São Paulo, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com o objetivo de desmantelar redes criminosas de exploração sexual infantil em todo o Brasil.
De acordo com o Ministério Público, o suspeito integrava uma rede nacional que produzia, armazenava e compartilhava material de abuso sexual infantil, conhecido pela sigla CSAM (Child Sexual Abuse Material). A operação já levou à prisão em flagrante de 23 suspeitos em 11 estados do país.

A investigação revelou que os criminosos utilizavam plataformas digitais para atrair e manipular crianças e adolescentes, disfarçando-se para ganhar a confiança das vítimas. Usando identidades falsas, esses indivíduos persuadiam menores a enviarem fotos e vídeos de teor sexual, que eram posteriormente compartilhados em redes fechadas de mensagens, como Telegram, Instagram, Signal, WhatsApp, e até em jogos populares como Roblox.
Além das prisões, a operação também cumpriu 94 mandados de busca e apreensão em 20 estados e no Distrito Federal. Dispositivos eletrônicos e outros equipamentos usados na produção e armazenamento do material ilícito foram recolhidos para análise forense. A ação contou com o apoio da Homeland Security Investigations (HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos, reforçando o combate internacional contra redes de exploração infantil.
A “Operação Lobo Mau” destaca a importância de vigilância e colaboração internacional para desmantelar redes que exploram a vulnerabilidade de crianças e adolescentes, trazendo à tona a complexidade e a gravidade do combate ao abuso sexual infantil em um cenário digital cada vez mais perigoso.