Um homem suspeito de integrar o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e assassinar o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) foi preso na noite da última terça-feira (26) em Itanhaém, no litoral sul de São Paulo. O suspeito, identificado como Ivo de Oliveira Nascimento, conhecido como “Nego Ivo”, era procurado há mais de 13 anos pelos crimes de roubo e furto qualificado.
A prisão ocorreu em uma chácara no bairro Jamaica, onde Ivo estava escondido com documentos falsos. Durante a operação, conduzida pela ROTA, unidade de elite da Polícia Militar de São Paulo, foram apreendidos um revólver calibre 38, R$ 1.920 em dinheiro e dois celulares. A ação foi possível graças a uma denúncia anônima sobre uma reunião de indivíduos armados na propriedade.
Segundo as autoridades, “Nego Ivo” era integrante da “Sintonia Restrita” do PCC, grupo responsável por atentados e assassinatos. Ele também é apontado como o responsável pelo levantamento de informações sobre a rotina do senador Sérgio Moro, no Paraná, parte de um plano da facção criminosa descoberto em março de 2023 pela Operação Sequaz, da Polícia Federal.
Plano contra Sérgio Moro
O plano do PCC visava sequestrar e matar Sérgio Moro e outras autoridades de segurança pública, como o promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo. A motivação seria uma retaliação às mudanças no regime de visitas em presídios, implementadas durante a gestão de Moro como ministro da Justiça.
Em 2023, a Operação Sequaz prendeu onze suspeitos envolvidos no esquema, incluindo Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como “Nefo”, apontado como articulador do plano. Nefo foi morto em junho deste ano na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Outros membros do grupo, como Reginaldo Oliveira de Sousa (“Rê”) e Ronaldo Arquimedes Marinho (“Saponga”), também morreram em circunstâncias similares.
Ao perceberem a chegada das viaturas, outros indivíduos na chácara conseguiram fugir. Contudo, Ivo foi localizado durante uma varredura. Ele tentou se passar por outra pessoa ao apresentar documentos falsos, mas sua verdadeira identidade foi confirmada pelos policiais.
A prisão foi comemorada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que destacou a importância da captura para a segurança do estado. “O indivíduo era procurado por crimes graves e foi apontado como peça-chave no monitoramento da família do senador Moro”, afirmou o secretário.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Itanhaém. O delegado plantonista confirmou a prisão de Ivo pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo, uso de documento falso e captura de procurado. Ele permanece à disposição da Justiça.
Relevância da prisão
A prisão de “Nego Ivo” reforça o combate ao crime organizado no estado de São Paulo, além de representar um avanço significativo na investigação de planos da facção contra autoridades de segurança pública. A operação também destaca o trabalho integrado entre as polícias civil e militar, além da importância da colaboração da sociedade por meio de denúncias anônimas.
O Itanhaém Notícias segue acompanhando o caso e trará atualizações assim que novas informações forem divulgadas.