Na saída de uma escola municipal em Praia Grande, São Paulo, um menino de 12 anos, em fase final de diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi agredido com um soco no rosto por um colega, após sofrer bullying. O ataque resultou em um corte na pálpebra direita, que precisou de três pontos, e gerou revolta entre familiares e amigos.
A mãe do garoto, Juliana Lima, relatou que seu filho tem sido alvo constante de ofensas dentro da escola, sendo chamado de “autista balofo” e outros insultos. Juliana explicou que o bullying vem ocorrendo há cerca de três meses, envolvendo humilhações verbais e agressões físicas. Segundo ela, mesmo com várias denúncias à direção da escola e à Secretaria de Educação, os episódios de perseguição continuaram.
Indignada, a família decidiu recorrer à Justiça, solicitando uma indenização de R$ 30 mil por danos morais e exigindo acompanhamento psicológico para o menino. “Meu filho está traumatizado, ele já passou por muitas dificuldades, e esses ataques só agravam seu estado”, declarou Juliana.
Em nota oficial, a prefeitura de Praia Grande afirmou que “repudia todo e qualquer ato de violência” e informou que a Secretaria de Educação desenvolve programas preventivos, como a Justiça Restaurativa e o apoio de psicólogos escolares. A administração acrescentou que a agressão aconteceu em um comércio próximo à escola e assegurou que pedagogos e outros profissionais estão acompanhando o caso para aplicar as medidas cabíveis.
O caso traz à tona a importância de fortalecer as ações de combate ao bullying e ao preconceito nas escolas, promovendo um ambiente seguro e inclusivo para todos os alunos.