Uma jovem de 25 anos, identificada como Maria Eduarda Fardelone de Carvalho, morreu após ser atingida por um tiro acidental em um apartamento em Guarujá, no litoral de São Paulo. O incidente ocorreu na noite de domingo, 20 de outubro, durante um encontro entre amigos.
Segundo informações apuradas, o disparo ocorreu quando uma amiga da vítima, de 24 anos, manipulou a pistola de um policial militar que estava de folga. O PM, que é amigo da jovem, foi preso após a tragédia.
O grupo, composto por homens e mulheres, havia alugado um apartamento na Rua Allan Kardec, no bairro da Enseada, para passar o fim de semana. Durante a reunião, a mulher pegou a arma do policial e, sem saber que havia um projétil na câmara de disparo, a manuseou. Infelizmente, o tiro acertou Maria Eduarda, que não resistiu e morreu no local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) foi acionado, mas ao chegar, a equipe constatou o óbito da jovem, que apresentava um ferimento na face.
De acordo com o boletim de ocorrência, a jovem que disparou a arma afirmou que não tinha experiência com armamentos. Ela relatou que, apesar de o policial ter mencionado os riscos de manusear a arma, ele acabou entregando-a sem as munições, acreditando que havia removido toda a carga. No entanto, um projétil permanecia na câmara.
O policial militar, por outro lado, negou ter entregado a arma à amiga, alegando que a manteve guardada até pouco antes do disparo, quando a colocou sobre o sofá enquanto se calçava. Ele escutou o disparo e imediatamente viu Maria Eduarda caída no chão, enquanto a jovem que disparou jogava a arma de volta no sofá.
O caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, além de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. A arma do PM foi apreendida pela polícia.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que a Polícia Civil está investigando a morte da jovem. A autora do disparo foi presa em flagrante, mas pagou fiança de R$ 1.500 e responderá ao processo em liberdade. O policial foi encaminhado ao Presídio Romão Gomes.
A tragédia levanta questões sobre a responsabilidade no manuseio de armas de fogo e a segurança durante reuniões sociais, ressaltando a necessidade de maior conscientização sobre os riscos envolvidos.